O número de diagnósticos em adultos jovens vem crescendo. Saiba como identificar sinais de risco e agir a tempo.
Antigamente, o câncer de pele era visto como uma preocupação mais pertinente à terceira idade, ligada a décadas de exposição solar acumulada. No entanto, o cenário atual nos traz um alerta importante: o número de diagnósticos em adultos jovens vem crescendo, transformando essa condição em uma preocupação que exige atenção de todas as faixas etárias. Entender os riscos, saber como identificar os sinais e agir precocemente é mais crucial do que nunca.
Uma das principais causas desse aumento entre os mais jovens é, sem dúvida, a exposição solar excessiva e sem proteção, especialmente em momentos de lazer e viagens. As “queimaduras de sol” durante a infância e adolescência, por exemplo, são um fator de risco significativo, pois o dano solar na pele é cumulativo. Além disso, a popularização de câmaras de bronzeamento artificial – que emitem radiação UV intensa – também contribui para esse cenário preocupante.
Mas como podemos nos proteger e identificar os sinais? A palavra-chave é observação. Realizar o autoexame da pele regularmente é uma ferramenta poderosa. Fique atento a qualquer lesão, pinta ou mancha que:
- Mude de tamanho, forma ou cor: Uma pinta que era pequena e discreta e de repente começa a crescer, escurecer ou apresentar múltiplos tons.
- Apresente bordas irregulares: Pintas com contorno borrado ou com recortes.
- Tenha diâmetro maior que 6 milímetros: Geralmente, pintas benignas são menores.
- Evolua ou apresente sintomas: Coceira, sangramento, crostas ou não cicatrização de uma ferida.
Para facilitar, usamos a regra do ABCDE do melanoma, um tipo agressivo de câncer de pele:
- A de Assimetria: Uma metade da pinta não corresponde à outra.
- B de Bordas: Bordas irregulares, recortadas ou mal definidas.
- C de Cor: Várias cores ou variação na pigmentação (tons de marrom, preto, azul, vermelho ou branco).
- D de Diâmetro: Geralmente maior que 6 milímetros.
- E de Evolução: Qualquer mudança no tamanho, forma, cor, elevação ou qualquer novo sintoma (sangramento, coceira, etc.).
Ao notar qualquer uma dessas características, a recomendação é procurar imediatamente um dermatologista. A detecção precoce é o fator mais importante para o sucesso do tratamento.



