Dermatite atópica: o que fazer durante as crises

Entenda como aliviar os sintomas e proteger a pele com segurança e consistência.

A dermatite atópica é uma condição desafiadora, que se manifesta através de uma inflamação na pele, causando aquela coceira intensa, vermelhidão e um ressecamento incômodo. Quando as crises chegam, esses sintomas podem se intensificar bastante, e saber como agir faz toda a diferença para trazer alívio e evitar que a situação se complique.

Um dos pilares no manejo da dermatite atópica é a hidratação. Nossa pele atópica tem uma barreira cutânea que não funciona tão bem, tornando-a mais propensa a perder água. Por isso, a escolha de um bom hidratante é crucial: procure por aqueles mais densos, ricos em ceramidas e outros componentes que ajudam a reconstruir essa barreira. O ideal é aplicá-lo generosamente logo após o banho, com a pele ainda úmida, para “selar” a hidratação, e repetir o processo várias vezes ao dia, especialmente nas áreas mais ressecadas.

O momento do banho também merece atenção. Prefira banhos rápidos e com água morna para fria, pois a água quente pode agredir a pele, removendo seus óleos naturais e agravando o ressecamento. E, claro, use sempre sabonetes suaves, sem perfume e com pH adequado para peles sensíveis.

A coceira é, sem dúvida, um dos maiores desafios. É tentador coçar, mas isso só piora a inflamação, podendo criar lesões e até infecções. Para tentar resistir, mantenha as unhas curtas e, quando a vontade apertar, experimente compressas frias nas áreas afetadas – muitas vezes, o alívio é imediato. Em momentos de crise mais intensa, seu dermatologista pode indicar cremes específicos para controlar a inflamação e a coceira.

Além dos cuidados diretos com a pele, o que vestimos também influencia. Opte por roupas de algodão macio e soltinhas, que permitem que a pele respire e evitam atrito. Tecidos sintéticos e lã, por exemplo, podem irritar bastante.

É importante também estar atento aos gatilhos que podem desencadear ou piorar suas crises. Isso pode variar muito de pessoa para pessoa, mas alérgenos como poeira e pólen, irritantes presentes em produtos de limpeza ou sabonetes perfumados, variações climáticas e até mesmo o estresse emocional podem ter um papel significativo.

Por fim, e talvez o mais importante: a consulta com um dermatologista é indispensável. Ele é o profissional que poderá oferecer um plano de tratamento personalizado, indicando os produtos mais eficazes e, se necessário, prescrevendo medicamentos tópicos ou sistêmicos para controlar a inflamação e a coceira, garantindo que você tenha o melhor acompanhamento durante e fora das crises.

CRM 38460 | RQE 46864
Membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia
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