A pele também responde às mudanças hormonais. O acompanhamento dermatológico é essencial para manter saúde, conforto e autoestima durante a terapia hormonal.
A transição para muitas pessoas trans é um processo de grandes mudanças, e a terapia hormonal impacta diretamente a pele. Entender e cuidar dessas transformações é fundamental para a saúde e o bem-estar, e o dermatologista é um parceiro essencial nessa jornada.
Para quem faz terapia hormonal de masculinização (THM), o aumento dos hormônios masculinos deixa a pele mais oleosa e espessa, o que pode levar ao surgimento ou agravamento da acne no rosto e corpo. O crescimento de pelos também é esperado, podendo causar irritações como foliculite. O dermatologista ajuda a controlar a oleosidade e a acne, além de orientar sobre o manejo dos pelos.
Já na terapia hormonal de feminilização (THF), a pele tende a ficar mais fina, macia e menos oleosa, com melhora da acne. Contudo, ela pode se tornar mais seca e sensível, exigindo hidratação intensa e produtos suaves. O foco dermatológico aqui é otimizar a feminilização da pele, tratar a sensibilidade e lidar com a remoção de pelos indesejados.
Em ambos os casos, a proteção solar é sempre vital, e os cuidados pré e pós-operatórios para cirurgias de transição, como o manejo de cicatrizes, também são parte do suporte dermatológico.
Em resumo, a pele reflete as mudanças hormonais internas. O acompanhamento com um dermatologista não é apenas um cuidado estético, mas uma parte crucial da saúde de pessoas trans, garantindo que as transformações na pele ocorram da forma mais saudável e confortável possível, apoiando a vivência plena da identidade.



