Por que o cuidado com a pele é mais do que uma questão estética
A pele é o maior órgão do corpo humano — e também um dos mais expostos.
Todos os dias, ela enfrenta sol, calor, vento, poluição e uma série de agressões que, com o tempo, podem causar desde irritações simples até doenças graves, como o câncer de pele.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o câncer de pele é o tipo mais comum no Brasil e representa cerca de 30% de todos os tumores malignos diagnosticados no país.
Apesar dos números altos, há um dado que traz esperança: quando descoberto cedo, o câncer de pele tem altas taxas de cura e tratamentos menos invasivos.
É por isso que o Dezembro Laranja — campanha nacional da SBD — convida toda a população a um olhar mais atento: proteger a pele é proteger a saúde e a vida.
Como nasce o câncer de pele
A principal causa é a exposição excessiva ao sol sem proteção, especialmente entre as 10h e 16h, quando a radiação UV é mais intensa.
Mas outros fatores também podem contribuir, como:
- histórico familiar da doença,
- pele clara e sensível,
- presença de muitas pintas,
- queimaduras solares de repetição na infância,
- uso de câmaras de bronzeamento artificial (proibidas pela Anvisa).
Com o passar dos anos, os danos causados pelo sol se acumulam. As células da pele podem sofrer mutações, e isso favorece o surgimento de lesões cancerígenas.
Aprenda a reconhecer os sinais: o método ABCDE
A SBD orienta que qualquer pessoa observe regularmente sua própria pele — inclusive áreas menos expostas, como costas, couro cabeludo e sola dos pés.
Para isso, existe uma regra simples e eficiente: o método ABCDE das pintas.
- A – Assimetria: uma metade da pinta é diferente da outra.
- B – Bordas: irregulares, com aspecto serrilhado ou mal definido.
- C – Cor: variações de tons (marrom, preto, avermelhado, esbranquiçado ou azulado).
- D – Diâmetro: maior que 6 mm ou em crescimento perceptível.
- E – Evolução: qualquer mudança em tamanho, forma, cor ou sintomas, como coceira, dor, sangramento ou crostas.
Esse último item — o E de Evolução — é o mais importante.
Por que o E de Evolução é um sinal de alerta
Nem sempre uma pinta nasce com características suspeitas.
O que muitas vezes indica um problema é a mudança.
Uma mancha que antes era estável e começa a crescer, escurecer, mudar de formato ou sangrar merece atenção imediata.
A SBD reforça que o melanoma, o tipo mais grave de câncer de pele, pode surgir a partir de uma pinta pré-existente ou aparecer de forma nova.
Quando diagnosticado no início, as chances de cura ultrapassam 90%.
Por isso, a observação contínua é a ferramenta mais poderosa para a prevenção.
“O melhor tratamento ainda é o diagnóstico precoce.
O que muda a história do paciente é o tempo.”
— Sociedade Brasileira de Dermatologia
O que é normal e o que merece ser avaliado
Nem toda pinta é um sinal de perigo. A maioria é benigna e faz parte da característica individual da pele.
Mas vale ficar atento a alguns detalhes que podem indicar a necessidade de avaliação:
- Pinta ou mancha que muda de tamanho, forma ou cor;
- Lesão que coça, sangra ou forma crostas;
- Ferida que não cicatriza;
- Pinta nova em adultos acima de 30 anos;
- Área com aspecto diferente das demais, mesmo sem dor.
Quando houver dúvida, o melhor caminho é procurar um dermatologista.
Somente o profissional pode diferenciar alterações benignas de lesões que precisam de tratamento.
📅 Agende sua consulta dermatológica
Prevenção: hábitos simples que protegem
Cuidar da pele diariamente é um ato de prevenção e autocuidado.
Veja algumas atitudes eficazes:
- Use protetor solar todos os dias, inclusive em dias nublados, reaplicando a cada 3 horas.
- Evite o sol intenso entre 10 h e 16 h.
- Use barreiras físicas: chapéus, bonés, roupas leves e óculos de sol.
- Mantenha crianças protegidas desde cedo — a pele infantil é mais sensível e acumula os efeitos da radiação UV.
- Faça o autoexame mensal da pele diante do espelho, observando todas as regiões.
- Agende consultas regulares com o dermatologista, mesmo sem sintomas.
Esses hábitos devem fazer parte da rotina familiar.
Ensinar as crianças a usar protetor solar, por exemplo, é um legado de prevenção que pode durar toda a vida.
O papel da consulta dermatológica
Mesmo com todos os cuidados, algumas alterações passam despercebidas.
Durante a consulta, o dermatologista realiza uma avaliação minuciosa de toda a pele, utilizando instrumentos específicos, como a dermatoscopia, que permite ampliar detalhes invisíveis a olho nu.
Essa análise é fundamental para o diagnóstico precoce e para o planejamento de tratamentos individualizados.
Além disso, o profissional orienta sobre a rotina de cuidados, proteção solar e acompanhamento regular.
“Cuidar da pele é um processo contínuo.
O acompanhamento médico garante que o tratamento e a prevenção caminhem juntos.”
📲 Agende uma avaliação com a Dra. Daniela Müller de Moura
O Dezembro Laranja e o chamado à conscientização
Desde 2014, o Dezembro Laranja vem se consolidando como a maior campanha de prevenção ao câncer de pele no país.
A iniciativa da SBD incentiva a realização de consultas, exames e ações educativas em todo o Brasil, reforçando que a prevenção é um ato de autocuidado e responsabilidade com a própria saúde.
Neste mês, a mensagem principal é simples, mas poderosa:
“Proteger a pele é proteger a saúde.”
E essa proteção deve continuar durante o ano todo — porque o sol está presente em todas as estações e a pele precisa ser cuidada em cada fase da vida.
Cuidar da pele é muito mais do que aplicar protetor solar.
É observar, compreender e respeitar os sinais que o corpo nos dá.
Cada pinta, cada mancha e cada mudança merecem atenção.
Ao escolher se proteger e fazer consultas regulares, você está escolhendo viver com mais saúde, segurança e consciência.
📅 Agende sua consulta dermatológica
e faça parte do Dezembro Laranja, a campanha que lembra que cuidar da pele é um ato de amor à vida.
Referências
- Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): www.sbd.org.br
- Campanha Dezembro Laranja – SBD
- Instituto Nacional de Câncer (INCA): dados sobre câncer de pele no Brasil



